As Ilhas Maldivas é um dos lugares mais incríveis que já fui na vida. A cor do mar é algo impressionante e a quantidade de peixe que eu vi lá, só vi parecido em Fernando de Noronha (sou apaixonada por Noronha).
Maldivas fica no leste do Oceano Índico, ao sudoeste do Sri Lanka e da Índia, ao sul do continente asiático. São 90.000 km² de muito mar AZUL, recifes de corais inacreditáveis e bancos de areias bem branquinhas.
Maldivas tem 1.196 ilhas sendo, 203 delas habitadas das quais 100 são por hotéis. Estão agrupadas em 26 atóis com nomes diferentes, um dos países mais dispersos e paradisíacos do mundo.
Muitos me perguntam como chegar até esse Paraíso. É bastante longe, mas vale a pena. Para quem sai do Brasil, os Emirados Árabes servem como porta de entrada para as Ilhas Maldivas. Eu gosto muito da combinação de Maldivas e Dubai ou Abhu Dabi, pois são dois lugares incríveis onde é possível fazer a conexão (vamos aproveitar para visitar as conexões).
O voo de São Paulo para Dubai (via Emirates) leva em torno de 14 horas de viagem. Chegando no aeroporto de Dubai, é necessário fazer uma conexão de aproximadamente 5 horas, mas não se preocupe pois o aeroporto é um shopping gigante de Duty Frees com ótimos restaurantes, além dos bancos confortáveis e também dos bons banheiros com chuveiros disponíveis. E tudo bem se você chegar de madrugada por lá, o aeroporto é tão movimentado que você irá achar que é horário de pico. kkkk.
Daí então, você pega o avião para Malé, que leva outras 5 horas de voo (via Emirates que foi a que eu fiz). Lembre de marcar seu assento na janelinha pois Maldivas é muito linda!
A porta de entrada para Maldivas é a cidade de Male, maior cidade e capital das Maldivas.
De lá você poderá chegar no seu hotel ou de barco, caso o Hotel seja perto de Male ou de hidroavião, caso o hotel seja longe. O meu era longe e por isso peguei o hidroavião… amei!!!!
Falando em Hotel, quando você for escolher seu hotel em Maldivas, escolha bem pois ele será a sua casa durante toda a sua estadia. Caso você precise de ajuda, não deixe de me consultar!
Nós escolhemos o Four Seasons Landaa Giraavaru por vários motivos, mas o principal deles foi por que queríamos fazer o cruzeiro deles chamado Explorer.
Após o check in, você escolhe uma bicicleta para se locomover entre as áreas comuns do Hotel e pronto! Agora sua única dor de cabeça será escolher qual lado da ilha você quer ficar, qual piscina frequentar, onde fazer as refeições ou até optar por algum passeio nos arredores. Lógico que sugiro fazer um mergulho, mesmo que seja de snorkel pois o fundo do mar é simplesmente transparente e cheio de peixes.
Depois de 3 dias neste Hotel Paradisíaco, pegamos o barco Explorer sentido o outro Four Seasons chamado Kudaa Hura (que fica mais perto de Malé).
Foram 4 noites em um yatch super bacana, com apenas 11 suítes e todo equipado para mergulhos de cilindro (incluído 3 mergulhos por dia). Achei super interessante a maneira deles saberem se estamos dentro do barco. Assim que chegamos no yatch, eles nos dão um íma de geladeira de peixinho (que depois você leva para casa de lembrança). Toda vez que você sai do barco para um mergulho, você deve colocar o íma onde está escrito “out for dive” e quando você chega, coloca em baixo do “I’m here, let’s go”.
Todos os dias somos convocados para ver em um mapa onde iremos mergulhar. Os mergulhos são sempre acompanhados por instrutores experientes que nos levam em lugares muito especiais. Mas lembre-se, é preciso ter a carteirinha de mergulho para poder fazer mergulhos de cilindro.
Que tal falarmos um pouco sobre o fundo do mar? A variedade de peixes é impressionante. Vai desde pequenos peixes coloridos a tubarões gigantes (eu ficava que nem uma estatua cada vez que um tubarão aparecia na minha frente). Muitas vezes eles nos colocavam segurando uma pedra e você fica ali, protegido da correnteza, vendo os peixes passarem na sua frente como se fosse uma televisão.
É possível também mergulhar em naufrágio. Muito legal circular pelas janelas de um navio que deve estar la a anos já cheio de corais e peixes.
Uma das coisas que mais fiquei impressionada são com os corais. Geralmente temos que olhar os corais no fundo do mar mas lá o negocio é diferente. Os corais se formam como se fossem umas paredes e você mergulha do lado dos paredões admirando sua beleza.
No meio do caminho fizemos a caça ao tubarão baleia (que infelizmente não achamos). O tubarão baleia é herbívoro e a maior espécie de tubarão. Ele pode atingir até 12 metros de comprimento e pesar mais de 10 toneladas. Estes animais atraem muitos mergulhadores, não apenas por suas dimensões impressionantes, mas também por sua total docilidade. Procurando águas frias, os tubarões-baleia podem ser encontrados em diferentes pontos do planeta, listados pelo site americano Matador Network. Os atóis de Baa e Ari são os melhores para mergulhar em busca de tubarões-baleia durante todo o ano. Os barcos ficam navegando em toda extensão do recife a procura dos tubarões e quando avistados os mergulhadores primeiro fazem mergulho livre com os mesmos, enquanto os cilindros são recarregados e depois fazem o mergulho autônomo. Infelizmente, não tivemos essa sorte, desta vez (fotos da baleia da internet, afinal de contas eu não consegui ver).
Mas, se você não é muito fan de mergulho com cilindro, não se preocupe pois o yatch oferece outras atividades como o snorkel e alguns passeios.
Um dos passeios que fizemos fora da água, foi conhecer uma vila de nativos muito bacana. Passiamos pela pequena ilha, conhecemos a escola, a igreja a vila e seus costumes. As crianças te olham com olhares curiosos pois muitos deles nunca saíram daquela pequena ilha.
Outro passeio que eu simplesmente amei, foi o fim de dia que passamos em uma pequeníssima ilha deserta. Fizemos paddle, caminhamos pela ilha, tomamos sol e até fizemos massagem em um pequeno spa montado na ilha.
Mas o ponto alto mesmo foi o churrasco com todos os tipos de carne e peixe que fizeram especialmente para nosso yatch. Enfeitaram tudo com tochas, nos deram uma roupa especial e até cavaram uma mesa na areia.
E depois de 4 noites no Explorer, chegamos no Four Seasons Kuda Huraa. Outro Hotel incrível onde passamos somente um dia, afinal ele fica mais próximo de Malé e o transfer até o aeroporto é de barco.
QUANDO IR?
E quando ir? Se não fosse o clima perfeito, as Maldivas não seria considerado paraíso certo? As temperaturas variam entre 26°C e 30°C durante todo o ano, mas mesmo assim as temporadas são bem definidas: a alta temporada, de dezembro a abril, onde chove menos e os dias são mais longos, e a baixa, de maio a novembro, onde a umidade é maior e probabilidade de chuvas também.
Minha viagem terminou aqui mas sei que muitos surfistas buscam este paraíso a procura de ondas perfeitas. A temporada de ondas nas Maldivas é semelhante à Indonésia. As melhores ondas quebram de Abril a Outubro, e os maiores swells ocorrem de junho a setembro. E ai? Você gosta de surfar?
Para terminar, queria mostrar algumas fotos dos por do sols que vimos durante nossa semana nas Maldivas. Assim posso me despedir de um lugar tão paradisíaco e incrível que é as Maldivas.
